terça-feira, 8 de junho de 2010

Acordar ao som dos passarinhos


Quem me conhece bem (ou não), sabe que penso que a natureza é algo para ser contemplado de longe. Adoro preservar (ela lá e eu aqui). Adoro a idéia de saber que os animais (irracionais e não menos inteligentes, considerando alguma demência humana) podem ficar no seu habitat natural, "defendendo" o verde.

Quem me conhece bem (ou não), sabe mesmo que eu gosto é do asfalto, "temperado" com terra vermelha e verde bem distribuído. Trilha segura e mata aberta (por ruas largas), pode ser paralelepípedo, asfalto, desde que possa ter contato com o céu, vendo, vez em quando, um passarinho brincar de ser a principal atração.

Gosto de acordar na minha cama (acompanhado ou não - e claro que fico com a primeira opção) e ouvir o canto dos passarinhos. Diariamente. Minha janela abre espaço para a visão infinitamente bela do céu azulado do inverno brasiliense. Como todos sabem (até quem não conhece Brasília), a nossa capital tem um céu maravilhoso.

No último domingo ele ficou mais bonito ainda. Almocei ao ar livre, numa quadra do Plano, aqui pertinho de casa, à sombra de árvores gigantes que nos protegiam do sol, disputando espaço na beleza aérea desse pequeno orbe do Planalto Central. Magnífico! Simples e magnífico. Simples assim.

Foi quando (mais uma vez) pensei: (pausa) a beleza do canto dos passarinhos, da sombra das belas árvores e outros pequenos e fortes sinais me levam a crer que a minha natureza "se esconde" em algo que ainda não notei, mas está bem próximo.

Enquanto não descubro, vou curtindo o canto dos meus companheiros matinais, a sombra das minhas amigas clorofiladas, a companhia que vez em quando aparece e me aproxima do que realmente sou e quero ser...